sábado, 28 de novembro de 2009

Em Cordinhã, o Santo André!




No dia 30 de Novembro e 1 de Dezembro a geração de 69 faz a sua festa!

Tem sido assim tradicionalmente desde que,  há muitos anos,  um grupo de pessoas se juntaram e  resolveram festejar os seus quarenta anos de idade.

Como tem sido hábito, haverá castanhas e vinho graciosamente oferecidos pelos(as)  mordomos(as), e, como não podia deixar de ser,  o respectivo bailarico para os dançarinos mostrarem as suas habilidades!

Longa vida aos "Quarentões"!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Prevenir, sempre!

Em 24 de Novembro/91, com 45 anos de idade, morreu Freddie Mercury,  vocalista dos Queen e um dos cantores mais respeitados em todo o Mundo.

Assumiu a sua bissexualidade. Faleceu vítima de SIDA.



quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ser Português

Não há volta a dar-lhe! Os Portugueses são mesmo assim, deixam tudo para o último dia...

Já não bastava pagarem as contas no último dia, renovarem documentos no último dia, os autarcas fazerem as obras nos últimos dias do mandato...

Até no futebol a nossa selecção deixou a decisão do apuramento para o Mundial  2010 na África do Sul para o último momento!

Qualquer das formas, estão de parabéns e boa sorte para o Mundial que nós cá estaremos a ver os jogos pela TV, no Central ou no Texas, molhando o bico com uns finitos e uns tremoços!...


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Recordando António Aleixo


BREVES NOTAS SOBRE: ANTÓNIO ALEIXO


" Este Livro que vos deixo "
O poeta António Aleixo, cauteleiro e pastor de rebanhos, cantor popular de feira em feira, pelas redondezas de Loulé ( Algarve - Portugal ) é um caso singular, bem digno de atenção de quantos se interessam pela poesia.
Nasceu em Vila Real de Santo António a 18 de Fevereiro de 1899 e faleceu em Loulé a 16 de Novembro de 1949.

Não sendo totalmente analfabeto, sabe ler e leu meia dúzia de bons livros - não é porém capaz de escrever com correcção e a sua preparação intelectual não lhe deu qualificação para poder ser considerado um poeta culto. Mas ficou sendo conhecido por o maior poeta popular ( O poeta do povo )

Todavia, há nos versos que fazem parte do seu livro "Este livro que vos deixo", uma correcção de linguagem e sobretudo, uma expressão concisa e original de uma amarga filosofia, aprendida na escola impiedosa da vida, que não deixa de impressionar.
António Aleixo, compõe e improvisa nas mais diversas situações e oportunidades. Umas vezes cantando numa feira ou festa de aldeia, outras, a pedido de amigos que lhe beliscam a veia; ora aproveitando traços caricaturais de pessoas conhecidas, ora sugestionado por uma conversa de tom mais elevado e a cuja altura sobe facilmente.

Passeando, sozinho, a guardar umas cabras ou a fazer circular as cautelas de lotaria - sua mais habitual ocupação, por isso também chamado "poeta cauteleiro" ou acompanhado por amigos, numa ceia ou num café, o poeta está presente e alerta e lá vem a quadra ou a sextilha, a fixar um pensamento, a finalizar uma discussão, a apreciar um dito ou a refinar uma troça. E, normalmente, a forma é lapidar, o conceito incisivo e o vocabulário justo e preciso.
O que caracteriza a poesia de António Aleixo é o tom dorido, irónico, um pouco puritano de moralista, com que aprecia os acontecimentos e as acções dos homens.


Joaquim Magalhães
In Este Livro que vos deixo...
António Aleixo

        ***

P'ra mentira ser segura
e atingir profundidade,
tem que trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.

Eu não sei porque razão
certos homens, a meu ver,
quanto mais pequenos são
maiores querem parecer.

Vinho que vai para vinagre
não retrocede o caminho;
só por obra de milagre,
pode de novo ser vinho.

Para não fazeres ofensas
e teres dias felizes,
não digas tudo o que pensas,
mas pensa tudo o que dizes.


Entre leigos ou letrados,
fala só de vez em quando,
que nós, às vezes, calados,
dizemos mais que falando.

(António Aleixo)